Há uma sensação de liberdade, de não-agonia. É a tela branca de um ciclo que se fecha; a vontade de novos pincéis, cores desconhecidas e texturas não tateáveis. A ânsia de fazer o novo; do 'olhar pra trás' ser apenas isto. Não, não preciso mais me deleitar no passado das não-conquistas vãs. A nostalgia dolorida que me fazia pirar em devaneios sobre o 'se' foi embora.
O ciclo fechou. Sem que eu esperasse, mas não por falta de pedido. Foi embora quando eu já tinha desistido de compreender a tristeza, a alucinante roda-gigante das minhas emoções. Não digo que nunca mais serei triste de novo. Mas é aqui que muda tudo: o 'ser triste' vai passar apenas ao 'estar triste'. Ser triste custa muito. Estar triste vai ser momentâneo; quero poder saborear a tristeza, sentir o amargo da agonia, pra depois cuspir.
Não preciso mais da acidez da infelicidade no meu estômago.
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